Silagem: como evitar as perdas e o crescimento de fungos na superfície do silo?

Primeiramente, obtenha uma silagem de qualidade seguindo todas as etapas do processo de ensilagem da maneira adequada. Ou seja, a colheita, transporte, compactação, fechamento, fermentação, retirada e fornecimento da silagem para os animais devem seguir um fluxo.

Principais erros

Primeiramente, é comum que os produtores se preocupam e invistam na preparação do solo. Bem como, nos fertilizantes, na compra da variedade do milho, utilização de pivô, gastos na colheita e entre outros. Porém, querem economizar na cobertura, comprando lonas de baixa qualidade. Ou seja, na hora de garantir um bom armazenamento da silagem, se faz economia.

A princípio, um experimento realizado na Universidade do Kansas mostrou como ocorrem as perdas de matéria seca por deterioração do silo. Foi utilizado um silo com 90 cm de altura no dia do enchimento, que ficou fechado por seis meses. Após os seis meses, abriu-se o silo e observou-se que 35 cm do material ensilado tinham desaparecido. Ou seja, consumiu-se em produtos voláteis, como CO₂, por exemplo.

Igualmente, outros 17 cm foram caracterizados como material visivelmente deteriorado. Ao final, dos 90 cm que foram colocados de silagem, somente 38 cm poderiam ser classificados como silagem de qualidade. Sendo assim, com estes resultados, foi possível estabelecer a seguinte relação: para cada 1 cm de perdas visíveis no silo (silagem visivelmente deteriorada), existem mais 3 cm de perdas não visíveis (perdas por gases).

Além das perdas de matéria seca da silagem com o processo de deterioração, a composição nutricional da mesma fica prejudicada, o que pode levar a baixo consumo e à baixa eficiência produtiva dos animais. Estudos também mostraram que silagens que sofreram processo de deterioração apresentam menor porcentagem de amido e de proteína, maior teor de fibra em detergente neutro, além de pior digestibilidade dos nutrientes.

Riscos de uma silagem mal feita

Além disso, existe o risco de ocorrência de doenças em vacas que recebem silagens deterioradas. Isto porque essas silagens apresentam crescimento de fungos que são capazes de produzir micotoxinas. Por outro lado, quando ingeridas pelos animais, as micotoxinas podem levar à queda na produção de leite. Bem como, baixam a imunidade do animal, aumentam a incidência de doenças e baixam o desempenho reprodutivo.

Para evitar todos estes prejuízos é importante a realização de uma cobertura eficiente da silagem. Atualmente, somente o uso de lonas tradicionais não possui a capacidade de impedir que o oxigênio entre, levando a perdas nas camadas superiores e laterais do silo. Os diferenciais da utilização da SilageSeal é que ela atua como barreira de oxigênio, evitando que o oxigênio entre no silo. Isto ocorre porque, ela é composta por poliamida que é um material com capacidade de bloqueio de oxigênio.

Por bloquear o oxigênio, SilageSeal evita o crescimento de microrganismos indesejáveis, como fungos e leveduras, melhorando o processo de fermentação da silagem e reduzindo as perdas de matéria seca. Também os nutrientes da silagem vão ter melhor digestibilidade e maior consumo pelos animais, possibilitando melhor desempenho animal.

Autora: Janielen da Silva Consultora técnica – Ourofino Saúde Animal Doutora em Ciência Animal e Pastagens – ESALQ/USP