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Temas do post: #agronegocio, Alternativas de Fertilizantes, Crédito Nagro, Nagro Crédito Agro, Nagro Crédito Rural
A procura por alternativas de fertilizantes mais baratas cresceu. Afinal, todos já percebemos que o preço foi lá nas alturas recentemente.
De antemão, podemos afirmar que o maior causador deste problema é a grande dependência de importação que o Brasil tem. Segundo Celso Moretti, presidente da Embrapa, 85% dos fertilizantes consumidos na agricultura são importados, sendo 23% enviados pela Rússia.
Por isso, com o dólar em alta e com as barreiras logísticas atuais, o custo dos fertilizantes subiu drasticamente. Assim, toda a cadeia produtiva foi impactada e o resultado é a elevação de preços percebida pelo consumidor final. Contudo, o produtor rural pode contornar essa situação usando alternativas de fertilizantes de solo, que mostraremos a seguir. Confira:
Como dito anteriormente, o volume de importação de fertilizantes de solo é muito alto. Bem como, em 2021 o Brasil consumiu 43 milhões de toneladas, principalmente nas culturas de soja, milho e cana-de-açúcar.
(Fonte: Agropós, 2020)
Tal qual, nosso país Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás dos Estados Unidos, da Índia e da China. Deste modo, somos responsáveis pelo consumo de cerca de 8,5% a 9% de todo o produto no mundo. Contudo, a diferença entre o Brasil e os outros países é que, ao contrário de nós, eles são grandes produtores de fertilizantes.
Há mais de 4 décadas, o governo do Brasil escolheu direcionar seus investimentos para outras áreas além da produção de fertilizantes. Em contrapartida, não possuímos depósitos significativos de fósforo e potássio devido a questões de solo e minerais.
Atualmente, temos depósitos de potássio na Amazônia, mas existem questões ambientais e legais que impedem a exploração.
A alta do dólar pode beneficiar os produtores brasileiros, que estão encontrando valores de vendas bem acima dos geralmente vistos nos mercados de exportação de commodities. Por outro lado, um dólar mais forte pode prejudicar o bolso de quem precisa importar matérias-primas ou insumos necessários para desenvolver a agricultura.
Recentemente, os preços dos fertilizantes nitrogenados subiram em média 3,2% em março em relação aos dois meses anteriores, segundo dados coletados pela Scot Consultoria.
Além disso, a ureia agrícola em São Paulo aumentou 6,5% em relação ao início do ano. Fosfato e cloreto de potássio foram os insumos menos afetados do estado, com alta de 0,5% e 0,1%, respectivamente.
Com a guerra deflagrada na Ucrânia, a Rússia e Belarus (principal aliado da Rússia) estão sofrendo sanções econômicas por parte de países europeus e dos Estados Unidos. Ou seja, comprar fertilizantes desses dois países fica bem mais complicado, e, até mesmo inviável.
Assim, inevitavelmente o Brasil precisará buscar alternativas em outros locais e também tentar otimizar a baixíssima produção interna. Mas, porque será tão difícil comprar fertilizantes destes países? Veja alguns problemas que prejudicam a comercialização do produto:
Ou seja, mesmo que as revendas tenham capital financeiro para comprar insumos na Rússia, elas não conseguiram. Uma alternativa seria recorrer ao Canadá, segundo maior produtor de fertilizantes N.P.K.. Porém, a concorrência para comprar fertilizantes neste país é muito grande, logo, será difícil o Canadá conseguir atender tanta demanda.
Em entrevista dada para a Exame, o presidente da Embrapa afirmou que está nos planos do governo iniciar na primeira quinzena de abril a Caravana Fert Brasil. Nesse sentido, diversos pesquisadores e técnicos da Embrapa que visitarão todas as regiões produtoras do Brasil, orientando os produtores a fazer melhor utilização dos fertilizantes disponíveis no momento. Logo, o objetivo da ação é aumentar a eficiência do uso de fertilizantes no Brasil através do uso racional de fertilizantes.
Como essa é uma medida de curto prazo, a Embrapa também irá implementar um conjunto de tecnologias que visam reduzir a dependência de importação de fertilizantes. Para isso, a intenção é fortalecer o uso de biofertilizantes.
Desde 2019, a Embrapa colocou no mercado brasileiro um biofertilizante chamado BiomaPhos. São duas bactérias que ao ser aplicadas no solo, atuam sobre o fósforo que está no solo, deixando o fósforo mais disponível para a planta. Logo, o produtor tem que usar menos fosfato, menos adubo.
Além de reduzir custos, os fertilizantes sustentáveis ajudam a manter os solos frescos e bem aproveitados para os nutrientes, fortalecendo as plantas ao longo do ciclo de produção e beneficiando as culturas futuras. Por outro lado, existem outras alternativas que mostraremos a seguir.
Enquanto isso, você pode ver um pouco sobre o assunto assistindo ao vídeo que a AgroMais preparou:
A princípio, o uso de forrações que promovam a fixação dos nutrientes nas plantas é uma ótima opção para adubar o solo de maneira natural e sustentável. Primordialmente, os cultivares que utilizam de fixadores de nitrogênio apresentam consistência na produtividade ao longo do ano. Igualmente, possuem maior resistência às condições ambientais brasileiras.
Com a alta capacidade de fixação de nitrogênio, o uso de cultivares específicos no campo é uma excelente alternativa aos fertilizantes químicos dessa categoria.
Os fertilizantes orgânicos ou biofertilizantes são opções ótimas para substituir os produtos químicos que estão sendo afetados pelo aumento de preços. Afinal, podem ser aplicados em largas escalas.
Sobretudo, esses compostos são feitos com resíduos de origem animal, vegetal, urbano ou até mesmo industrial. Por outro lado, apesar da alta eficiência nutricional dos adubos orgânicos, vale ressaltar que a liberação dos nutrientes no solo é mais lenta do que a dos produtos químicos. Isso, porque, ela ocorre por processos naturais de digestão e mineralização através de microrganismos.
Por fim, os fertilizantes orgânicos mais comuns que podem ser usados nas lavouras são:
Os organominerais ajudam a aproveitar os resíduos orgânicos de origem animal e vegetal. Nesse sentido, aumentam a quantidade de matéria orgânica no solo, aumentando assim a atividade da microbiota do solo.
Por fim, veja os principais tipos de fertilizantes organominerais:
Esterco granulado misturado com fertilizante (à esquerda) e fertilizante organomineral fundido (à direita)
(Fonte: Organomineral Fertilizers and Their Application to Field Crops)
Agricultura incentivam o uso de remineralizadores de solo. Assim, o objetivo desta alternativa é diminuir a importação de matéria-prima e promover a nutrição sustentável das lavouras do Brasil.
Portanto, esse manejo utiliza de minerais naturais que passaram por processos físicos e beneficiam o solo. Como exemplo, há o calcário agrícola, o gesso mineral gipsita, além de algumas rochas silicáticas e fosfáticas.
Definitivamente, o cenário não é animador para o produtor rural. Mas, nosso povo é conhecido por sua resiliência e capacidade de se reinventar rápido. Por isso, mesmo com o aumento dos preços e risco de escassez dos fertilizantes, é provável que as alternativas ditas acima fiquem mais fortes.
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