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Temas do post: cafeicultura, cafezal, Crédito Para Produtor Rural, lavoura de café, Nagro Crédito Agro
Ter uma lavoura de café no Espírito Santo é um negócio lucrativo. Afinal, o Estado é o 2º maior produtor brasileiro de café, com produção expressiva de arábica e conilon.
Devido a esse grande sucesso, produtores capixabas buscam formas de potencializar ainda mais seus resultados. Contudo, explorar todo o potencial da lavoura de café no Espírito Santo exige aprimoramento nas técnicas de manejo e de gestão.
E a Nagro decidiu reunir diversas dicas em um só lugar para apoiar os produtores de café capixabas. Quer melhorar seus resultados? Leia o texto a seguir:
Principal atividade agrícola do Estado, a atividade cafeeira é desenvolvida em praticamente todos municípios capixabas, exceto Vitória. Também, a cafeicultura é responsável por 37% do Produto Interno Bruto (PIB) Agrícola capixaba.
Presente em cerca 60 mil das 90 mil propriedades agrícolas do Estado, cultivo de café gera aproximadamente 400 mil empregos diretos e indiretos. Bem como, 73% da produção de café são originados pela agricultura familiar, com o tamanho médio das propriedades em 8 hectares. Como resultado, o Espírito Santo é responsável por mais de 30% da produção brasileira.
A lavoura de café no Espírito Santo é praticada em diferentes altitudes. Igualmente, há bastante variação no nível tecnológico dos produtores e no tamanho das propriedades. Isso ocorre, pois, a produção de café é realizada majoritariamente pelos pequenos produtores, porém existem grandes empresas rurais.
Por fim, a qualidade do café produzido no Estado varia entre:
O cafeicultor capixaba já é bem-desenvolvido nas técnicas de manejo. Porém, é sempre bom relembrar as boas recomendações para o cultivo da cultura de café. Assim, acompanhe a seguir algumas dicas para aumentar a produtividade:
No cultivo de café a temperatura ideal deve variar de 18ºC a 23ºC. Deste modo, o desenvolvimento da plantação é prejudicado por temperaturas acima de 30ºC.
Como em qualquer cultura, a lavoura de café no Espírito Santo precisa de um bom regime de chuvas. Assim, a precipitação entre 1200 mm a 1500 mm anuais é a considerada ideal. Mas, as chuvas devem atingir principalmente os períodos de desenvolvimento vegetativo e de frutificação.
Você sabia que o café tem maior dificuldade para se desenvolver em regiões no mesmo nível do mar? Por isso, recomenda-se que a plantação aconteça em áreas entre 600 m e 1200 m de altitude.
É preciso ter cuidado tanto com as baixas quanto com as altas temperaturas, pois, o desequilíbrio desfavorece o desenvolvimento do café. Ou seja:
Atualmente, o cultivo cafeeiro é realizado em diversas superfícies, mas o recomendado é que o plantio ocorra em regiões mais planas. Logo, a mecanização flui mais facilmente em solos planos. Igualmente, há as vantagens de ter mais controle de erosão e a proteção do solo, além de diminuir gastos com mão de obra.
A análise do solo para cafezais é feita entre 0 e 20 cm de profundidade, e em alguns casos de 20 a 40 cm. Entretanto, é preciso considerar que o café é uma planta perene e sofre com as variações climáticas.
Sob condições ideais do solo, as plantas podem aprofundar seus sistemas radiculares e explorar maiores volumes de solo. Portanto, recomenda-se a análise do solo em pelo menos uma camada entre 40 e 60 cm para corrigir de forma mais eficaz os problemas de fertilidade e permitir uma exploração mais profunda do solo.
Quanto às características do solo, deve ter profundidade de pelo menos 1 metro e de preferência não rochoso ou excessivamente arenoso, além de possuir boa drenagem.
O espaçamento entre mudas de café está diretamente relacionado à produtividade e longevidade da cultura. A distância correta entre as plantas e a linha de produção reduz os custos de insumos e garante maior qualidade do produto na colheita.
Portanto, para a lavoura de café no Espírito Santo indica-se dois modelos mais utilizados atualmente: 1,75–2,00 m x 0,5 m para linhas fechadas (plantio adensado) e 3,5–4,0 m x 0,5 para linhas abertas (largo na rua e fechado na linha, adotada em lavouras mecanizadas).
Mas, também pode ser usado uma nova técnica chamada de plantio semi-denso, que requer podas mais frequentes, com espaçamento de 2,5-3,2 m x 0,5 , garantindo alta produtividade de 6.300 a 8.000 plantas por hectare.
A irrigação, aliada a outras técnicas de manejo, aumenta significativamente a produtividade de uma lavoura. Após a floração, a falta de água pode fazer com que a flor pare e danifique o enchimento de grãos durante a granulação. Além, disso, os botões ficam danificados para a próxima produção. Portanto, deve-se atentar para o abastecimento de água da plantação.
Então, comece a irrigação após a floração e se estender até o estresse hídrico antes da próxima floração, dependendo do déficit hídrico de cada solo.
Atualmente, a irrigação por gotejamento é a melhor tecnologia para as lavouras de café, pois evita a alta umidade relativa do ar e permite um uso mais racional de água e energia.
Gerir um negócio é uma tarefa árdua. Para o produtor rural cafeeiro isso é ainda mais complicado, pois, além de cuidar do cultivo, há as preocupações com a gestão, a venda do café e muito mais. Portanto, a fomentação da lavoura de café precisa de estratégia e de planejamento.
Confira a seguir 2 dicas que ajudaram você a explorar todo o potencial do cafezal:
Primeiramente, estabeleça como prioridade o planejamento agrícola. Através dele será mais fácil obter o sucesso de sua lavoura, da implantação até a venda do café.
Antes de iniciar o planejamento, conheça detalhadamente a sua área e também qual mercado pretende explorar (commodity, orgânico e cafés especiais). Em seguida, após colher essas informações, peça ajuda a um engenheiro(a) agrônomo(a) para montar e seguir um cronograma de suas atividades. Além disso, contemple no planejamento um plano de ações para caso algo ocorra fora do esperado.
Por fim, atente-se para a necessidade de planejar a parte agrícola e também a financeira. Para te ajudar na gestão financeira você pode fazer o curso que a Nagro preparou gratuitamente aqui.
Atualmente, boa parte das vendas da produção de café no Espírito Santo é feita no momento da colheita ou no mercado físico. Nesse caso, o produtor pode ter prejuízo caso preço pago pelo café na época da colheita estiver em baixa.
Mas, qual é a solução possível para minimizar os riscos de perda de dinheiro na hora da venda? A princípio, negociar as sacas de café no mercado futuro é uma boa escolha contra esse problema.
Como o preço é determinado antecipadamente, o produtor já sabe exatamente quanto vai receber independente da volatilidade do mercado. Igualmente, mesclar a venda futura com a armazenagem de uma parcela da produção para vender no mercado físico é uma excelente estratégia. Assim, o cafeicultor tem mais cartas na manga caso o mercado esteja em alta.
Para explorar todo o potencial de sua lavoura de café no Espírito Santo, use as dicas que demos acima. Deste modo, tanto o plantio quanto as estratégias de gestão serão otimizadas e consequentemente, a produtividade melhora.
Finalmente, também indicamos que o produtor de café conheça os programas de melhorias realizados pelo Estado. Para isso, acesse: Incaper
O que você achou dessas dicas? Comente aqui! E por último, mas não menos importante, se você precisa de recurso para fomentar sua atividade cafeeira, a Nagro tem o crédito que você precisa. Saiba mais clicando AQUI