Data do post:
Categorias do post: Blog, Gestão
Temas do post: #compras, #custos, #eficiencia, #faturamento, #financeiro, #gestão, #lucro, #produtor, #rural
Sempre que se pensa em aumentar a lucratividade a primeira estratégia que vem à cabeça é a de aumentar o faturamento. Porém, em um setor que os preços são determinados pelo mercado, gerenciar bem a estrutura de custos, gastando menos e sendo mais eficiente nas compras, pode ser um caminho mais fácil para aumentar a margem de lucro do seu negócio.
Com a globalização e as novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs), a competitividade aumentou muito, pois produtores do mundo inteiro possuem acesso as técnicas, tecnologias e maquinários de última geração cada vez mais rápido. Nesse cenário, pequenas ações na gestão de custos podem fazer toda a diferença. Isso ocorre porque a margem de negociação do preço final é pequena para o produtor rural, por se tratar na maioria de commodities, que possuem seu preço determinado pelo mercado.
A gestão de custos deve abranger toda a propriedade e deve estar bem disseminada na cultura do negócio, para que todos os sócios e trabalhadores atuem de forma integrada e efetivamente façam a gestão dos custos. Para isso, podemos seguir três passos principais:
Dentro da fazenda, os custos envolvidos com a produção e comercialização são diversos. Assim, um passo importante é registrar todos. Essa ação permite a identificação de onde estão sendo realizados os gastos e como eles podem ser reduzidos. É importante que eles sejam registrados de forma organizada. Uma dica é separá-los em custos diretos e indiretos:
A partir dos registros de todos os custos, o segundo passo é equalizar os gastos, de forma a aumentar a eficiência na utilização de cada um dos insumos. É importante ter em mente que ao gastar de forma ineficiente qualquer insumo ou fator de produção, como sementes ou combustível, é dinheiro que está sendo jogado fora.
Assim, equalizar nada mais é do que após o diagnóstico, ajustar os gastos as reais necessidades, não gastando nem mais nem menos que o necessário. Uma dica nesse sentido é a construção de indicadores que possam ser acompanhados ao longo do tempo:
Insumos: Aqui serão apresentados os gastos com cada um dos insumos;
Com os custos registrados e equalizados, o último passo é agir de forma proativa e estratégica nas compras. Isso significa comprar melhor e gastando menos. Ou seja, negociando a quantidade exata com os fornecedores, os melhores prazos de entrega e de pagamento. Se você sabe exatamente quanto precisa de cada item e quando, você naturalmente aumentará a sua capacidade de negociação, pois você saberá exatamente onde quer chegar. Para comprar de forma estratégica, você pode adotar algumas medidas:
Para automatizar esses processos, existem os sistemas integrados de gestão, conhecidos como ERP (abreviação do inglês Enterprise Resource Planning) ou planejamento de recursos empresariais. Esses permitem o monitoramento de todos os departamentos e fases da produção em tempo real e de forma dinâmica, com apresentação de indicadores, facilitando o acompanhamento e a análise dos resultados. Além disso, muitos desses permitem o monitoramento remoto via internet.
Hoje no mercado existem muitas empresas que fornecem esse tipo de produto e serviço. Duas opções consolidadas são o SAP e a Sankhya:
SAP: De origem alemã, é a líder mundial em softwares de gestão. Devido ao elevado custo de aquisição, é indicado para produtores de grande porte. A SAP possui soluções de ERP personalizadas para o setor do agronegócio.
Sankhya: É uma empresa brasileira, com sede na cidade de Uberlândia-MG. Em ascensão, possui softwares de gestão em diversos formatos e que atende diversos públicos. É indicado para produtores de médio e pequeno porte. Assim como a SAP, ela possui soluções de ERP específicos ao agronegócio.
Compreendido? Então, mãos à obra!